Durante os últimos anos, tem aumentado a preocupação com os sons produzidos por atividades humanas nos oceanos que poderiam ter efeitos adversos na fauna marinha, especialmente nos mamíferos marinhos, devido a sua alta acuidade auditiva.
Com a finalidade de monitorar os possíveis impactos decorrentes das atividades de aquisição de dados sísmicos marítimos e aplicar medidas mitigadoras em tempo real, as empresas de geofísica implementam o Programa de Monitoramento da Biota Marinha a bordo dos navios sísmicos que operam em águas brasileiras. Este Programa tem como principal objetivo acompanhar, por meio de embarques, os efeitos das fontes sonoras que atuarão sobre os organismos marinhos e sempre que possível, mitigar os efeitos deletérios da operação.
O Programa de Monitoramento da Biota Marinha é parte do cumprimento de condicionantes da Licença de Pesquisa Sísmica (LPS) emitida pela Coordenadoria Geral de Petróleo e Gás do IBAMA (CGPEG/IBAMA). Em abril de 2005, o IBAMA publicou o “GUIA DE MONITORAMENTO DA BIOTA MARINHA EM ATIVIDADES DE AQUISIÇÃO DE DADOS SÍSMICOS”. Este guia tem como finalidade principal estabelecer diretrizes para procedimentos que minimizem os impactos provenientes da atividade de aquisição de dados sísmicos na biota marinha, em especial, nos mamíferos marinhos e quelônios. O referido guia está disponível no site www.ibama.gov.br/licenciamento.
O impacto sobre o meio biótico é mitigado de forma preventiva, iniciando as operações dos canhões de ar (“air-guns”) com baixa intensidade, aumentando gradualmente (“soft start”) o pulso sísmico por um período de, no mínimo, 20 minutos até a intensidade máxima da fonte sísmica. O objetivo do “soft start” é evitar ou reduzir um potencial dano auditivo nos organismos que estão nas proximidades da fonte, permitindo que os organismos detectem o aumento do som e se afastem da fonte geradora de ruído.
O impacto sobre o meio biótico também é mitigado através do monitoramento visual da zona de segurança (raio de 500 metros do centro da fonte sonora). O objetivo de se estabelecer uma zona de segurança no entorno da fonte sísmica é eliminar ou reduzir um potencial dano auditivo. Na presença de mamíferos marinhos e quelônios dentro da zona de segurança, a fonte sísmica não será ativada. Se estiver em andamento, será suspensa.
Outros procedimentos de mitigação encontram descritos no Guia do IBAMA e no Capítulo 3 do livro...
Toda a equipe de Observadores de Bordo recebe um curso de capacitação antes de embarcar e a tripulação sísmica recebe um treinamento de educação ambiental que inclui um módulo específico ao monitoramento da biota marinha.
Em toda atividade de pesquisa sísmica estão presentes três Observadores de Bordo, permanecendo dois em esforço de observação e um em descanso. Geralmente, as observações de biota são efetuadas a partir do passadiço (ponte-de-comando), na asa da ponte (área aberta) ou no interior da ponte (área fechada) durante todo o período de luminosidade do dia, totalizando uma média de 11 horas de esforço de observação. O uso do binóculo reticulado permite ao observador delimitar a área de segurança de 500 metros e estimar a distância dos mamíferos marinhos e quelônios.
As observações sobre avistagens e esforço de observação são lançadas em planilhas padronizadas que estão disponíveis no Guia do IBAMA. Um Banco de Dados contendo todas as informações referentes a cada avistagem, permite a análise dos dados, a elaboração de gráficos e a realização de estatística. As coordenadas referentes às avistagens de cetáceos e quelônios são lançadas em mapas georreferenciados, possibilitando a análise do padrão de ocorrência das espécies quanto à região geográfica e profundidade.
Se você tiver mais curiosidade, o livro apresenta informações adicionais sobre a metodologia e os resultados do Monitoramento da Biota Marinha a bordo dos navios de Pesquisa Sísmica. Acesse o livro!
Observadores de Bordo (biólogos, oceanógrafos, veterinários e outros profissionais da área), responsáveis pela implementação do monitoramento da biota a bordo dos navios, efetuam a observação de cetáceos e quelônios, implementando as medidas de mitigação e realizando a observação do comportamento dos animais durante todo o período de aquisição sísmica.
Toda a equipe de Observadores de Bordo recebe um curso de capacitação antes de embarcar e a tripulação sísmica recebe um treinamento de educação ambiental que inclui um módulo específico ao monitoramento da biota marinha.
Em toda atividade de pesquisa sísmica estão presentes três Observadores de Bordo, permanecendo dois em esforço de observação e um em descanso. Geralmente, as observações de biota são efetuadas a partir do passadiço (ponte-de-comando), na asa da ponte (área aberta) ou no interior da ponte (área fechada) durante todo o período de luminosidade do dia, totalizando uma média de 11 horas de esforço de observação. O uso do binóculo reticulado permite ao observador delimitar a área de segurança de 500 metros e estimar a distância dos mamíferos marinhos e quelônios.
As observações sobre avistagens e esforço de observação são lançadas em planilhas padronizadas que estão disponíveis no Guia do IBAMA. Um Banco de Dados contendo todas as informações referentes a cada avistagem, permite a análise dos dados, a elaboração de gráficos e a realização de estatística. As coordenadas referentes às avistagens de cetáceos e quelônios são lançadas em mapas georreferenciados, possibilitando a análise do padrão de ocorrência das espécies quanto à região geográfica e profundidade.
Se você tiver mais curiosidade, o livro apresenta informações adicionais sobre a metodologia e os resultados do Monitoramento da Biota Marinha a bordo dos navios de Pesquisa Sísmica. Acesse o livro!